Nesta noite de Domingo, 27 de Novembro, no Teatro Tivoli, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, recebeu um espectáculo musical recheado de dança, luzes coloridas e muita acção e energia.

O coro juvenil Vox Laci, composto por mais de 35 cantores, com idades compreendidas entre os 15 e os 21 anos, levou até até à bonita sala do Tivoli o “Show Choir” – uma performance que alia a música à dança e que ganhou grande reconhecimento através da série televisiva americana “Glee”.

Por volta das 22:00 a plateia estava animada e ansiosa pelo espectáculo que se seguiria. Rui Farinha, membro da direcção do grupo Vox laci, avisou o público, antes do espectáculo começar, que este iria “levantar voo numa viagem alucinante”. E assim aconteceu.

Os jovens coristas começaram energéticos e a espalhar boa-disposição, e assim se mantiveram durante quase duas horas de espectáculo. Havia elementos que, visivelmente, sentiam a música e a emoção que a envolvia de maneira diferente, entregando-se também de forma diferente, mas, no todo, os Vox Laci actuaram como um coro unido.

De se levantar o chapéu à boa coordenação que o coro tinha nos momentos de dança e às coreografias bem pensadas. E, ainda, a alguns dos solos, que presentearam o público com vozes realmente bonitas e já com alguma maturidade.

Do repertório musical, fizeram parte alguns êxitos intemporais e outros actuais, de registos que vão desde o gospel ao hip hop. “Somewhere over the rainbow”, “What a wonderful world”, “Em playback”, “Unwritten”, “Angel”, “You raise me up”, “Footloose” e “Ai Timor” foram apenas alguns desses temas.

“Chamar a música” e “Fama” foram dois dos momentos mais altos da noite, mas foi um tema africano que pôs quase toda a plateia, pela primeira vez, em pé a dançar ao som da música.

Só houve um pequeno ponto negativo a apontar: os microfones de pé alto que formavam um círculo dentro do qual o coro se mantinha praticamente sempre. Percebemos que numa performance deste género estes sejam necessários para a captação do som, mas que não é algo visivelmente agradável, não é.

No final do espectáculo, Myguel Santos e Castro, Maestro e Director Artístico dos Vox Laci, mostrou-se disponível para uma breve conversa com o Hardmusica, durante a qual nos disse que “o grupo tem razão para estar orgulhoso” e que foi boa a recepção do público: “é sempre bom vermos que a música coral consegue contagiar as pessoas”, referiu.

Até porque, na sua opinião, “os coros ainda têm pouco público”. E, também a seu ver, a responsabilidade é só dos coros que “não têm capacidade de fazer com as pessoas se sintam conectadas.” “Muitas vezes falta união entre os elementos”, acrescentou.

O Vox Laci tem, no total, sete coros. “Quatro diferenciam-se pelas faixas etárias: dos 3 aos 7 anos (o dos “pequeninos”), dos 8 aos 14 (infantil), dos 15 aos 22 (juvenil), e, o último, a partir dos 24 anos (adulto). Os outros dois são: um coro só de homens, composto por todas as vozes masculinas dos coros juvenil e adulto – “Hirmandade”; e o coro “Intuição Feminina” com as vozes femininas desses mesmos dois coros”, explicou o maestro.

No repertório de todos estes coros estão êxitos, mais intemporais ou mais contemporâneos, com temáticas diferentes consoante a época e a ocasião.

Rita Areias

(http://hardmusica.pt/noticia_detalhe.php?cd_noticia=10887)

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